sexta-feira, 18 de junho de 2010

Um dia ninguém se importará conosco

Eglitz

Como a vida é intrigante!

Depois de termos vivido mais da metade de nossa vida, se nos empenharmos um pouco vamos descobrir que as pessoas que fazem parte dela, em determinado momento já não se importarão mais conosco tanto quanto no principio, ou, tanto quanto gostaríamos que se importassem.

Não importará quão perto seja o grau de parentesco, tanto faz – mãe, pai, filho, esposa irmãos ou amigos – qualquer que seja, um dia irão embora para sempre das nossas vidas e já não quererão saber mais se estamos bem ou mal.

Vamos aprendendo com o tempo a cruel verdade que a ligação das pessoas queridas conosco, é simplesmente pelo tamanho da sua dependência de nós, ou vice versa.

Somos crianças ainda tentando e querendo acreditar que existe aquele amor incondicional que nos liga as pessoas. Cedo ou tarde descobriremos que esse amor estava muito longe de acontecer. A única verdade que subsistirá é que somos criaturas humanas vivendo e aprendendo. E conforme vivemos, vamos em busca de coisas e pessoas que nos tornem mais felizes.

Felizmente hoje já sabemos que uma paixão poderá durar menos de dois anos. Os relacionamentos que perduram após esse período, subsistem por conta do filho que veio ou virá, das contas, e algum outro interesse. Mas aquele fogo do principio já não existe mais. Aquele desejo de dormir abraçados a noite inteira já passou, e dificilmente voltará. Restarão apenas formalidades e aparências.

Os filhos vão crescendo e infelizmente em muitos casos, as alegrias que trazem aos pais são bem menores que as tristezas. É cruel mas é verdade, que a maioria dos filhos não se importam com seus pais. Eles querem viver simplesmente as suas vidas sem responsabilidade alguma, e de preferência sem a interferência destes. O que faz com que eles deem as caras às vezes, é a sua dependência dos velhos apenas. Porque dependem muitas vezes da casa e da comida dos pais. Da roupa lavada e da cama limpa que a mãe sempre proporciona.

Não existe e nunca existirá aquilo que dizem ser a pessoa ideal. O que existe apenas é uma ilusão que vai sumindo de acordo com os anos que vão passando. Tudo é muito lindo no começo. Tudo muito “caliente”, porém o fogo vai se apagando, e aquele que era para ser um amor eterno, torna-se passageiro. Ficamos por mentirosos aos nossos próprios olhos, pois nos enganamos com nossos sentimentos.

Se os filhos foram embora para nunca mais voltar, é porque se tornaram independentes, e ganham agora o seu próprio sustento. Se os amores passaram é porque nunca foram eternos. Eram simplesmente promessas de pessoas que momentaneamente dependiam de outras para sobreviverem. As mulheres não vão embora só porque dependem da segurança que os homens lhe proporcionam, - e não estão com eles simplesmente porque adoram lavar as suas cuecas sujas, ou porque amam as suas rugas e cabelos brancos. Um homem não fica uma vida inteira
com uma mulher, simplesmente porque ama as sua celulite ou as suas varizes. As pessoas vão embora porque descobrem coisas e emoções diferentes que lhes proporcionam maior alegria.
Um alerta da vida! Ela pode nos trazer surpresas um tanto desagradáveis. E não se esqueçam que: “O nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio”.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

UM DIA CHORAREMOS...

Um dia choraremos...
Por todas as vezes que deveríamos ter sorrido mas não sorrimos.
Por todas as vezes que deveríamos ter chorado mas não choramos.
Por todas as vezes que deveríamos ser humildes mas não fomos.
Por todas as vezes que deveríamos ter sido fortes mas não fomos.
Por todas as vezes que deveríamos ter pedido desculpas mas não fizemos.
Por todas as vezes que deveríamos ter enxugado as lágrimas de alguém mas não o fizemos.
Por todas as vezes que deveríamos ter amado ainda mais, mas não fizemos.
Por todas as vezes que deveríamos ter ficado calados, mas abrimos a nossa boca e ferimos alguém com as nossas palavras.
Por todas as vezes que deveríamos ter estendido a mão ao necessitado e não fizemos.
Então choraremos mais ainda por saber que já é muito tarde para nos arrepender.
Eglitz